Imagem de pesquisa ao Google - desconheço a autoria.
O
ataque cibernético do Tio Sam
A espionagem vem desde os tempos
das lutas dos povos antigos, que para avaliar os recursos militares do inimigo,
um espião era infiltrado nas colunas das hostes adversárias, para informar os
recursos disponíveis.
Na Segunda Guerra Mundial, os
alemães usaram tanto os meios da espionagem como também da contra espionagem,
que apesar de todo aparato montado pelos nazistas numa França dominada, não
foram capazes de desmontar a rede da Resistência francesa.
No período da Guerra Fria, entre a União
Soviética e os Estados Unidos, a espionagem assumiu o poder de uma arma, ao
informar os segredos dos poderios militares entre os dois principais
protagonistas, que temiam o risco de uma guerra nuclear, que poderia acabar com
todos. Nesse contexto, duas agências de inteligência ficaram famosas: a CIA -
Central de Inteligência Americana e a temida KGB russa. Durante mais de duas
décadas o mundo assistiu amedrontado, uma corrida armamentista, onde cada um
procurava suplantar o outro.
O término da Guerra Fria e a
derrubada do Muro de Berlim foi a mais impressionante e histórica ocorrência. Decretou
a falência do fechado regime soviético e deu fim ao sentimento de angústia e
medo, que um holocausto nuclear poderia provocar, pois, na memória de todos, a
destruição de Hiroshima, era uma imagem que não se conseguia apagar.
Nesse período, surge nas telas de cinema, um
personagem a serviço da Coroa britânica, que ficou famoso: Sean Connery, que
protagonizava um super agente, o 007 que tinha licença para matar. Era um
espião, que usando de grandes recursos técnicos, enfrentava o vilão: a KGB ou
uma linda e provocante espiã russa, que acabava se envolvendo romanticamente
pelo charme do sedutor do agente.
Na indústria, a espionagem constitui
uma grande preocupação, pois muitos segredos passando para a concorrência,
poderão decretar a falência ou inviabilidade de um empreendimento.
Trabalhei cinco anos na IBM em São
Paulo, numa fábrica em Campinas, que iniciava o processo de fabricação das
antigas unidades periféricas do computador: o IBM 3420 e o IBM 3803, unidades
de dados e informações em disco, e unidade de verificação daqueles dados. É
impressionante falar sobre isso, mas eram os idos dos anos 70, e aquelas
unidades tinham o formato e dimensão de uma geladeira aproximadamente. Hoje,
após 40 anos, o tamanho do processador INTEL se reduziu ao equivalente a uma
pequena caixa de fósforos.
Eu integrava uma equipe de
engenharia de fabricação e trabalhava numa área restrita da fábrica que só era acessada
por meio de um cartão magnético, e somente após identificação e permissão do
agente de segurança industrial, era permitida a entrada. Na área de trabalho,
havia protótipos em operação e partes das unidades desmontadas, para análises e
estudos, bem como todos os desenhos e projetos de fabricação dos componentes.
Nada poderia ser reproduzido, e nem tinha como, e nada poderia sair da área.
Eram modelos de projetos recém-chegados dos Estados Unidos que tinham acabados
de sair dos laboratórios de desenvolvimento de produtos da IBM, que estavam em
total sigilo, e ainda nem haviam sidos anunciados para o mercado. Por isso os
cuidados eram rigorosos. Se aqueles segredos, projetos e desenhos, caíssem nas
mãos da concorrência, seria “um prato cheio“, e fatalmente iriam comprometer ou
inviabilizar o negócio de mercado da IBM.
A espionagem industrial nos Estados
Unidos é uma realidade e uma grande preocupação para as empresas, pois podem
levar ao fracasso, muitos projetos. Já a espionagem cibernética é hoje muito
praticada por hackers em todo o
mundo. O Pentágono e a própria CIA, um dos locais mais protegidos do planeta,
apesar de ter uma incrível blindagem, foram vítimas de uma inacreditável
invasão, tendo o ataque chegado aos e-mails do próprio Secretário de Segurança
da Cia. Essa audaciosa investida quebrou o paradigma de segurança dos EUA. Com
o orgulho ferido, os americanos realizaram uma das maiores investigações já
realizadas, utilizando até rastreamento por satélites, mas o herói foi o
“Guardião“, um super computador, semelhante ao da nossa Polícia Federal, que
descobriu que a origem, partiu do serviço de espionagem do exército vermelho da
Coréia do Norte.
Diante disso, é ingênuo pensar, que
o Brasil disponha de proteção e recurso tecnológico suficientes para se
defender. Deve-se considerar também que nosso país está entre os mais suscetíveis
à espionagem cibernética dos Estados Unidos, por ser um dos mais ricos em minerais,
na América do Sul.
Edward Snowden, ex-consultor de uma
agência de inteligência americana que trabalhava para uma empresa subcontratada
pela NSA-Agência Nacional de Segurança, já solicitou a diversos países, asilo
político, que lhe foram negados, inclusive o Brasil. Tudo teve início quando no
dia 6 de junho de 2013, o jornal britânico The Guardian, começou publicar uma
série de reportagens sobre um esquema de espionagem mantido pela NSA, baseados
em documentos fornecidos por Snowden que gerou uma crise internacional,
envolvendo diversos países, pelo governo americano. Os dados fornecidos davam
conta que a agência americana, já operava há anos num grande esquema de
espionagem de e-mails e trânsitos de contatos, através de um programa de
monitoramento do Prism, em tempo real, de toda a circulação de informações via
Internet. Foi quando estava em Hong Kong que o jornalista do The Guardian, Glen
Greenwold recebeu os documentos para publicar.
Na opinião da maioria dos americanos, Snowden
não é considerado um espião, apenas um denunciante que não cometeu nenhum crime
e nem revelou segredos de segurança nacional. De forma corajosa, ele prestou um
relevante serviço, denunciando uma ação criminosa. Para a mídia mundial, ele
ganhou fama de herói.
Almir Tosta é escritor e
pesquisador
A
Mídia Ninja
Rede
independente, que cobre eventos ao vivo. Eles saíram às ruas nas manifestações
de protestos, com transmissões através de celulares com acesso 3G, Internet de
alta velocidade, fazendo coberturas em tempo real. Seus atos de jornalismos são
multifacetados, com impressões e avaliações colhidas durante as passeatas.
Segundo
Pablo Capilé, natural de Mato Grosso, com 32 anos, a Mídia Ninja não tem voz de
comando. Fundador da ONG paulista “Fora do Eixo”, de onde saiu a estrutura e
inspiração para criar a Mídia Ninja. Com o auxilio das novas tecnologias, os
ninjas captam as vozes das ruas nas mobilizações e identificam os P2, agentes
secretos da PM, infiltrados entre os manifestantes.
Muitos
deles têm formação em jornalismo, e ao executar suas pautas, com paixão de um
militante ativista, confundem-se com os personagens de suas próprias
narrativas. Quem os assiste pela Web, percebe que muitas vezes, eles provocam a
notícia.
Preconizam
uma hierarquia funcional de natureza matricial. O Grupo é formado por
especialistas em diversas disciplinas, possuindo um impressionante potencial
criativo, realizando tarefas em regime de mutirão, numa prática associativa,
extremamente eficaz. São totalmente independentes, desvinculados de partidos,
não levantando bandeiras e nem ideologias políticas. Já somam cerca de dois mil
voluntários e são responsáveis por muitas pautas de telejornalismo. Se
identificam com as reivindicações de ruas por um Brasil melhor. Usando as redes
sociais, possuem um forte poder de mobilização que foram demonstrados nas
grandes massas que formaram as passeatas.
Não fazem
apologia e são virtualmente contra a violência de grupos anarquistas,
deplorando os quebra-quebras. Nas entrevistas de muitos de seus componentes, ficaram
claras as causas que os impelem ao vandalismo: são revoltados contra um sistema
vigente que os excluem, os marginalizam e não criam oportunidades de emprego.
Breve os
Ninjas irão inaugurar um portal próprio, saindo das caronas no Facebook. Porém
o crescimento é atrelado a custos e, para bancar, a alternativa é incorporar o Pay-Pal - sistema que consiste ao
usuário pagar pelo que consome, segundo Capilé, um dos líderes e mentor do
Grupo.
Ainda no
“Fora do Eixo” organizaram diversos festivais e shows de músicas independentes,
criando um processo de inclusão daqueles que ficam fora do foco da mídia e dos
esquemas milionários das TVs, tendo gerado caixa, para sobrevivência do Grupo.
Recentemente,
dia 05 de agosto, foram entrevistados no Programa Roda Viva da TV Brasil, onde
estavam presentes jornalistas das mais significativas redes. Submeteram-se a
perguntas extremamente provocantes e, sem perder a fleuma, responderam a todas de
forma clara e inteligente, demonstrando domínio do assunto dando um verdadeiro
“show de bola” mesmo quando contestados.
Imagens do Google
Almir Tosta
Escritor e pesquisador
Renúncia Coletiva dos Dirigentes do Banco do Vaticano
O
Banco Ambrosiano do Vaticano esteve por muitos anos no centro de grandes
polêmicas, pela excessiva confidencialidade de suas operações e negócios, tendo
se tornado uma poderosa e incrível potência financeira, administrando uma
imensa fortuna, entre investimentos e patrimônios no mundo todo.
Na
liderança desse fantástico Império financeiro está o Papa, um pastor de um
bilhão de fiéis, seguidores do Catolicismo. Um verdadeiro Monarca. Administrações
anteriores envolveram o Banco em negócios e operações ilícitas, até em lavagem
de dinheiro.
Eleito
presidente do Banco em 1975, Roberto Calvi, que ficou apelidado o “Banqueiro de
Deus”, teve grande proximidade com Paul Marcinkus do IOR, que foi denunciado e
preso por corrupção no Instituto de Obras Religiosas e depois perdoado por João
Paulo II, tendo conseguido imunidade diplomática do Vaticano e se tornado chefe
de segurança do próprio Papa. Já Calvi, quando denunciado por corrupção, acabou
fugindo para Londres e para não ser preso, ameaçou divulgar documentos
secretos, extremamente comprometedores da Cúria Romana e da Santa Sé. Foi a sua
sentença de morte, pois dias depois de seu anúncio, apareceu pendurado e morto
por enforcamento, na ponte metálica Black Friars, numa típica “queima de
arquivo”.
As
ligações do Vaticano com a Máfia italiana, sempre andaram próximas, pois o
Banco Ambrosiano mantinha negócios não só em paraíso fiscais, como lavagem de
dinheiro da Cosa Nostra. A polícia inglesa arquivou o caso, considerando a
morte de Calvi um suicídio. Porém alguns dias após a ocorrência, sua secretária
particular também morrera, “atirando-se” da janela do quarto andar do Banco
Ambrosiano, onde trabalhava.
O
assessor financeiro de Calvi, Michel Sindoma, tendo sido preso, morreu também na
cadeia, ao ingerir café com arsênico, conforme laudo do Instituto Médico Legal.
Tais misteriosas ocorrências conduzem as suspeitas à Máfia italiana pelos
simultâneos assassinatos, pois um escândalo, além de comprometer seriamente a
Santa Sé, iriam denunciar operações do submundo, que teriam de permanecer em
segredo.
Até
a morte prematura do Papa João Paulo I, segundo o escritor investigativo David
Yallop, em seu livro “In God’s Name” (Em Nome de Deus), foi causada por envenenamento,
por ele querer em seu papado, fechar o Banco Ambrosiano, terminando com suas
operações e negócios secretos.
O
que faltou nos papados anteriores, o atual Papa Francisco I, sob sua aparente
atitude de compreensão e docilidade, teve a determinação e coragem de enfrentar
um poderoso esquema de corrupção, que envolvia o Banco Ambrosiano, o IOR e a
Apsa, que funciona como um Banco Central. Uma rigorosa auditoria e devassa nas
contas culminaram com a renúncia coletiva dos dirigentes e gestores.
Tentar
sanear, controlar e impedir tanta corrupção e descaminhos da Cúria Romana e
administrações da Santa Sé, parece ser impossível numa gigantesca máquina
burocrática e administrativa, movida por grandes interesses corporativos. Foi
um começo radical, atingindo o centro nervoso das finanças do Vaticano.
O
Papa Francisco I dá demonstração de extrema coragem, porém deve se manter
bastante vigilante, desconfiado do que come e bebe, pois ele está num ninho de
víboras, que estão sendo incomodadas. Para levar até o fim seus propósitos,
deve ficar sob a proteção de uma cuidadosa e eficiente segurança, provida de
experientes guarda-costas, pois os riscos são enormes.
Almir Tosta
Escritor e Pesquisador
O4 de julho de 2013
Uma Doutrina
Maldita
Na
Conferência Episcopal que foi realizada na América do Sul, em 1968, foi debatido
um pensamento, que ficou nominado “Teologia da Libertação”. No evento um grande
número de conferencistas, de altos cargos da hierarquia eclesiástica, assumiu
uma importante posição em favor das classes menos favorecidas dos povos latino-americanos,
num contexto de uma sociedade egoísta e omissa.
No Brasil, a Teologia recebeu o imediato apoio
do cardeal de São Paulo, Evaristo Arns e do bispo D. Helder Câmara. Também foi
muito defendida pelo Padre Franciscano, Leonardo Boff, considerado o baluarte da
nova Teologia em nosso país.
Na
terceira reunião da Conferência Episcopal, realizada em Puebla, no México, idos
de 1979, ficou manifesta uma forte oposição às teses da Teologia, por grupos conservadores
da Igreja, que assumiram posturas reacionárias. Essa oposição foi bastante
reforçada em 1980 por João Paulo II, ao afastar de cargos hierárquicos,
diversos clérigos que preconizavam apoio e sintonia com a Teologia. Com isso,
seu campo de ação ficou sensivelmente reduzido.
O próprio papa, Bento XVI, se pronunciou várias vezes contra a Teologia
da Libertação, em especial no confronto com um de seus mais acirrados
defensores, o padre Leonardo Boff.
Anos
depois, mais precisamente em agosto de 1984, Ratzinger, ainda cardeal, escreveu
o primeiro documento, condenando a nova Teologia, que batia de frente com a
Igreja. Ao ser convocado pelo Vaticano, alguns meses depois, para uma reunião
restrita, no Gabinete da Congregação para a Defesa da Fé, Leonardo Boff foi
severamente questionado, tendo seu livro “Igreja: Carisma e Poder“, ficado sob
censura, pois colocava em risco a doutrina da Fé Católica. Após esse encontro,
foi imposto ao teólogo franciscano, o silêncio.
Com isso, Leonardo Boff renunciou ao Sacerdócio.
O
atual Papa Francisco I, primeiro Jesuíta a ocupar o maior cargo da hierarquia
católica, quando ainda era o padre Bergoglio na Argentina, na década de 80,
combateu a Teologia da Libertação, por conter forte conteúdo marxista. Quando
eleito Cardeal, ordenou aos vigários que se voltassem exclusivamente para as
atividades de suas Paróquias, eximindo-se de qualquer ativismo político. Com isso
baniu de vez a Teologia da Libertação, na Argentina.
Em
Roma, a Teologia sendo considerada maldita, desapareceu completamente das Igrejas.
A
partir dos anos 90, a Teologia da Libertação começou a declinar no mundo
inteiro, por conta do fracasso de suas lideranças e da falta de adesões por
parte das novas gerações.
AlmirTosta
Escritor e pesquisador
A Novela Salve Jorge e o Tráfico Internacional de Mulheres
A novela Salve Jorge nos mostra o drama de diversas mulheres, que foram seduzidas com propostas de se tornarem modelos internacionais, com fama e muito dinheiro. Elas acabaram caindo numa armadilha de um tráfico internacional de prostituição, tornando-se prisioneiras de uma máfia que controla o comércio de sexo em Istambul, na Turquia, porta do Oriente.
Sobre o tema, lembro que há alguns anos, li um livro chamado Favela Hi-Tech, de impressionante conteúdo. Uma comovente história com um enredo semelhante da atual novela da TV Globo. Trata-se de uma jovem dançarina de uma casa noturna do Nordeste que foi também seduzida com uma proposta irrecusável, para trabalhar no Japão. Acabou aceitando, pois era uma oportunidade de mudar e melhorar de vida. Viajou para aquele país com apenas alguns dólares na bolsa, dado pelo agente encarregado de levá-la e apresentar aonde iria trabalhar, uma luxuosa casa noturna de Tóquio, com shows eróticos e strip tease.
De imediato, teve seu passaporte tomado, sob alegação que ficaria guardado com mais segurança. Na primeira refeição, foi colocado em seu suco um forte sonífero de efeito prolongado. Foi amarrada e seviciada com intermitentes aplicações de heroína.
Sem os documentos, sem dinheiro e agora dependente da pior droga injetável, último estágio do vício, ficou virtualmente dominada. Não tinha como fugir daquele cativeiro. Era mais uma vítima da Yakusa, a temida Máfia japonesa.
A jovem conseguiu seduzir um membro da organização criminosa, que lhe ajudou a fugir. Por conta disso, o rapaz que ficou marcado para morrer pela Máfia, só teve uma saída: refugiar-se no interior do Japão, tendo sido acolhidos numa aldeia de plantadores de arroz. A jovem foi tratada de sua dependência, com chás e ervas, seguindo uma receita ancestral. Passou a trabalhar junto com ele, no plantio e colheita de arroz até sua morte, ao ser picado por uma naja, no momento em que recolhia arroz para levar para o depósito da aldeia.
Desolada e desorientada, partiu da aldeia onde morava e após caminhar vários dias, sem destino certo, chegou a um Santuário Budista e encontra casualmente um jornalista brasileiro, que fazia um documentário no Templo Budista, um correspondente em Tóquio de um jornal brasileiro. Viajou com ele no retorno para Tóquio, onde morava, e teve sua ajuda junto ao Consulado do Brasil no Japão, para regularizar seus documentos. Sua história narrada em dramáticos depoimentos ao jornalista deu origem ao livro.
O cativeiro humano existe desde os tempos dos faraós, quando os egípcios dominavam cidades, faziam de seus habitantes, escravos para trabalhos forçados na construção das pirâmides e nos exaustivos transportes, dos imensos blocos de pedras ao longo do deserto e através do Rio Nilo, conduzidos por barcos à vela.
Foi uma atividade também praticada pelo Império Romano, quando suas legiões, invadindo e conquistando cidades, faziam de seus habitantes, escravos dominados. Os homens eram destinados à construção de estradas, a via Ápia é um exemplo disso, construção de seus templos ou utilizados como massa de manobra, que eram grupos de sacrifício nas campanhas militares. As mulheres eram levadas para a antiga Roma pagã, eram prostituídas, utilizadas nas constantes orgias e bacanais dos banquetes ou então vendidas para serviços domésticos nas residências.
No tráfico de mulheres dos países árabes, a mulher virou mercadoria de troca. Eram vendidas nos leilões dos mercados e compradas pelos sultanatos, para compor seus haréns.
A prostituição é considerada, a mais antiga das profissões e tão antiga quanto o Cristianismo. E isso é tão verdade, que temos o exemplo citado nas escrituras sagradas, de Maria Madalena, quase vítima de um atrasado preconceito do povo judeu.
Tanto em Roma como em Pompéia, que foi destruída pela terrível erupção do Vesúvio, ocorrida em 79 d.C. eram inúmeros os prostíbulos existentes na cidade, onde as mulheres aprisionadas tornavam-se escravas sexuais, dominadas pelos seus senhores e com somente uma obrigação: fazer sexo com uma enorme clientela.
Atualmente jovens e adolescentes sonhadoras com uma vida de fama e glamour, são assediadas de todas as formas, e nem precisam sair de casa. Bastam acessarem a Internet que as propostas estão lá. Além disso, em alguns casos, passam a se expor veiculando fotos pornográficas, com cobranças de tempo de acesso. Acabam se tornando iscas para os tubarões do tráfico sexual que estão de plantão.
A novela Salve Jorge, presta um grande serviço nesse sentido, denunciando uma atividade criminosa que já vem sendo praticada há muitos anos, servindo de alerta à muitas jovens que são atraídas com propostas de trabalhar como modelo no exterior.
Dispensa maiores comentários, pois está sendo levada ao ar e mostrando a triste realidade daquelas que se envolvem e são vítimas de uma máfia internacional, tornando-se prisioneiras de gente extremamente perigosa e sem nenhum escrúpulo, que agenciam e controlam um tráfico de mulheres, num milionário mercado de drogas e sexo.
Almir Tosta, escritor e pesquisador
Imagem do Google
Os Bastidores de uma Conspiração Secreta no Vaticano
Segundo
analistas das políticas do Vaticano, o Papa Bento XVI foi dominado e teve seu
Pontificado sob controle de um complô de Cardeais, em típicas práticas de
conspiração.
Uma
Cúria ambiciosa e hipócrita fomentava delações, traições, operações e manobras
de privilégios, frente Instituições religiosas. As finanças do Vaticano e
contas da Santa Sé viraram um labirinto de corrupção e lavagem de dinheiro que
chegou até a envolver a Máfia Italiana.
Suas
origens remontam ao final dos anos 80, quando a justiça italiana emitiu uma
ordem de prisão contra o Arcebispo norte americano Paul Marcinkus, o chamado Banqueiro
de Deus, que no tempo de João Paulo II, era responsável pelos investimentos do
Vaticano. Dois anos após estourar tal escândalo, Roberto Calvi, Presidente do
Banco Ambrosiano, é encontrado enforcado com o corpo pendurado numa ponte em
Londres, num suposto suicídio, embora não se
descarte a possibilidade de um assassinato, numa típica operação de “queima de arquivo”.
Esses
fatos expuseram uma imensa trama de corrupção que incluía além do Banco Ambrosiano,
uma Loja Maçônica, conhecida pela sigla P-2 e o IOR de Marcinkus, que fazia a
gestão financeira, com operações ilícitas e secretas de lavagem de dinheiro,
que tinha até envolvimento com Matteo Messina, o poderoso chefe da Cosa Nostra siciliana,
em depósitos por meio de laranjas.
Joseph
Ratzinger ao suceder João Paulo II, recebeu de legado, essa herança. Sua
política seguiu uma doutrina ortodoxa e pragmática, de natureza conservadora e
reacionária ao redigir e promulgar vários textos religiosos, condenando a Teologia
da Libertação.
Responsável
pelo texto Evangelium Vitae e o Splendor
Veritas, juntamente com Wojtyla, de visão e cunho reacionário da Igreja sobre
questões políticas, sociais e científicas, que colocava a Igreja em virtual descompasso
com o mundo moderno. Tais doutrinas remetiam a Igreja ao atraso da Idade Média.
Na
época, a Igreja chegou a ter correntes ultrarreacionárias de natureza fascista,
encabeçada pelo Monsenhor Levébvre, que legitimou no seio da Igreja, políticas
retrógradas de ultradireita das ditaduras de Pinochet e Videla.
Além
disso, no seu Pontificado, a Igreja se manteve silente, acobertando inúmeros
escândalos de naturezas sexuais de padres que praticavam a pedofilia, cabendo
no caso, a expulsão e excomunhão de tais religiosos e sua entrega à justiça
comum, para julgamento por prática de um crime hediondo.
Quando
vazou para a mídia mundial, os informes elaborados por um grupo de Cardeais, de
vocações leais ao Papa, de que o Vaticano era um abismo de corrupção, finanças
obscuras e disputa de poder, a Cúria, contratou um membro da Prelazia Opus Dei
e ex-integrante da Agência Reuters, da Revista Time e da Cadeia Fox, Greg
Burke, para mudar e melhorar a imagem completamente deteriorada do Vaticano.
A
divulgação dos documentos secretos, que foi operada pelo mordomo do Papa, Paolo
Gabriele, continha provas documentais comprometedoras do poderoso Secretário de
Estado, Tarcísio Bertone, envolvido numa conspiração para levar Bento XVI à
renúncia e colocar em seu lugar, um italiano. Essa luta interna de traição e
manobras em curso, os chamados Vatiléaks, jogou por terra a tarefa confiada a
Greg Burke, de recuperar e melhorar a imagem do Vaticano.
O
Papa em certo momento tornou-se reticente, temeroso e totalmente fraco, para
enfrentar tal dominação.
Operações
fraudulentas e corrupção no Banco Ambrosiano do Vaticano, escândalos sexuais de
padres pedófilos, as conspirações da Cúria, a divulgação de documentos
secretos, as dificuldades no exercício de seu Pontificado, mais do que contendas
teológicas, deterioraram a imagem da Igreja, comprometendo a ética e a moral de
sua hierarquia. Esses fatos e elementos, atuando nos bastidores de uma
conspiração secreta, contribuíram e foram talvez os motivos da renúncia de
Bento XVI.
MINHA SINCERA OBSERVAÇÃO É QUE BENTO XVI FOI VITIMA DELE MESMO...JOÃO PAULO II FOI O ULTIMO PAPA ELEITO QUE ESTAVA ALÉM DE POLITICAGENS...ASSIM O CARDEAL RATZINGER ASSUMIU TODAS AS QUESTÕES... MEXEU SEUS PAUZINHOS ATÉ SE TORNAR PAPA...O PAPA JOÃO VII MESMO TÃO DEBILITADO QUE MAL SE MOVIMENTAVA FOI ATÉ O FINAL COM SEU LEGADO DIRECIONADO PROVAVELMENTE POR UMA BUSCA À ESPIRITUALIDADE E NÃO À PAIXÕES PELO PODER E RIQUEZAS !!! ABRAÇOS ALMIR...ANDRIZ PETSON !!!
ResponderExcluirAndriz, muito obrigado por sempre contribuir com suas sábias observações. Um abraço amigo!
ExcluirBoa noite Almir, a igreja Católica, deve ser uma das 10 instituições mais ricas do mundo com um potencial arrecadador imensurável, isto causa cobiça nos seus dirigentes, que antes de serem servos de Deus são humanos, e alguns deles piores que os bandidos retirados do seio da sociedade para serem aprisionados por má conduta, tudo isto somado aos 85 anos do Papa Bento XVI, já portador de varias anomalias de saúde, culminaram com a sua renuncia, se houver crimes por trás desta sua vontade manifesta, que seja apurado e punido.
ResponderExcluirParabéns pelo seu excelente artigo, um grande abraço, MJ.
Prezado Miguel, seus comentários sempre enriquecem minhas postagens. Um abraço e grato pela contribuição!
ExcluirPrezado amigo,
ResponderExcluirVocê é o exemplo fiel da frase: "Quem lê sabe mais". Eu já fui um bom leitor, mas tive que trocar meu tempo de leitura pela escrita. Quando aluno, sempre tirei boas notas em História. Apesar de católico (atualmente não praticante) sobre religião aprendi o catecismo o suficiente para fazer a primeira comunhão e bota tempo nisso. O escritor (e você é com todas as letras) pode escrever poesia, contos, romances e crônicas, mas, estudioso como sempre fui, em termos de história geral, asseguro-lhe que como articulista e historiador você é imbatível e meu candidato para a Academia Petropolitana de Letras. Sua matéria, bem redigida, é esclarecedora e sucinta.
Parabéns.
Angelo
Querido Angelo, vindas de você, essas considerações ganham um peso maior. Suas palavras são de grande incentivo para mim, dada a sua vasta experiência de escritor e leitor.
ExcluirUm Abraço e muito grata pela sua atenção aos meus trabalhos!
EXCELENTES MATÉRIAS MEU CARO ALMIR TOSTA; COM CERTEZA TU DEVES TER CONHECIMENTO DE MATÉRIAS DIVULGADAS EM REVISTAS FAMOSAS À ALGUNS ANOS, COM FOTOS EM QUE O AINDA BISPO RATZINGER BATIA CONTINENCIA AO HITLER DURANTE O EXTERMÍNIO DOS JUDEUS! GOSTARIA DE LER MAIS SOBRE ISSO, TALVEZ TENHAS ESSES ARQUIVOS E NOS FAÇA A GENTILEZA DE PUBLICA-LOS; FICARIA MUITO GRATO! UM GRANDE ABRAÇO!
ResponderExcluirCaro LICZINSKI, Além de já repercutir nas mídias, posso lhe sugerir dois livros muito interessantes: In God’s Name do escritor David Yallor e no Livro Negro do Cristianismo – Os crimes em nome de Deus, de Jacopo Fo, Sergio Tomat.
ExcluirObrigado pela interação. Um abraço.